Contribuições, Participação, Organização e Representação da Análise Experimental do Comportamento nos Eventos e na Organização da Psicologia no Brasil: a ABPMC como condição e ponto de partida

Autores

  • Sílvio Paulo Botomé

DOI:

https://doi.org/10.31505/rbtcc.v8i2.103

Palavras-chave:

análise do comportamento, organização e política científica em análise do comportamento, participação e representação da análise do comportamento, AEC no Brasil, behavior analysis, organization and scientific politics in behavior analysis

Resumo

A atividade científica ocorre sob influências políticas científicas, acadêmicas e sociais. No Brasil, particularmente, o trabalho de produzir conhecimento científico depende intensamente dessas condições. As possibilidades de produzir conhecimento em Análise Experimental do Comportamento e suas decorrências, tanto científicas quanto tecnológicas e sociais, ainda estão muito limitadas por desconhecimento ou por preconceito. A organização dos analistas de comportamento, sua participação no sistema de desenvolvimento de ciência, tecnologia e ensino superior no país é uma condição importante para o desenvolvimento dessa área na psicologia. Uma organização apenas circunstancial, improvisada ou localizada em áreas geográficas ou em grupos não representativos correrá o risco de ser ineficiente e ter pouca força ou durabilidade. Organização e representação dependem de condições de representatividade. Isso tudo exige uma estrutura básica de relacionamento e de trabalho que sustentem a organização, a participação e a representatividade. Todas essas condições, por sua vez, dependem fortemente de uma progressiva capacitação e aperfeiçoamento dos analistas de comportamento, para que o desenvolvimento da AEC no país não seja avaliado apenas por quantidade de publicações, de eventos ou de participantes nos mesmos. O volume de produção e de atividade precisa expressar também um aperfeiçoamento na qualidade da produção, na formação de novos analistas, no permanente aperfeiçoamento, em uma profunda atualização dos já atuantes, na melhoria das condições de produção de conhecimento sobre o comportamento e sobre a divulgação e difusão desse conhecimento e na formação de novas gerações de psicólogos. Na primeira década do século XXI, já existem revistas, programas de pós-graduação e cursos voltados para esse conhecimento e para a atuação dos analistas de comportamento. Parece ser um bom momento para avaliar o que, historicamente, tem sido feito com as associações e tentativas de organização em âmbito nacional, regional ou local e começar um trabalho para construir uma organização, participação e representação maior da AEC no sistema de desenvolvimento de ciência, tecnologia e ensino superior no país, por mais precário que este ainda seja, ou por mais incipientes que os esforços iniciais possam ser para construir essas condições.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

01/07/2006

Como Citar

Botomé, S. P. (2006). Contribuições, Participação, Organização e Representação da Análise Experimental do Comportamento nos Eventos e na Organização da Psicologia no Brasil: a ABPMC como condição e ponto de partida. Revista Brasileira De Terapia Comportamental E Cognitiva, 8(2), 217–231. https://doi.org/10.31505/rbtcc.v8i2.103

Edição

Seção

Seção Especial